15.12.12

Os donos das ruas em Londrina



Palavra de ordem dos últimos anos no Brasil, “Responsabilidade Social” fica distante do conhecimento e das cabeças dos responsáveis pela construção civil em Londrina. Estamos em fim de gestão do prefeito – que aliás foi colocado apenas interinamente no cargo, pois o eleito foi cassado, para “orgulho” dos londrinenses – e parece não haver fiscalização, comando, ordem e leis que regulamentem as construtoras.
A região da Gleba Palhano, onde a densidade de construção aparenta ser de dois edifícios por metro quadrado, tal a gana, a voracidade e a falta de respeito com a população do entorno, é a mais atingida por abusos, ruídos e infrações à lei.
A foto mostra uma das pistas da Av. Ernani Lacerda de Athayde, na Gleba, fechada nesta sexta-feira por um caminhão em fila dupla, descarregando material na obra. Quer dizer, o responsável pela obra simplesmente se arrogou o direito de fechar a pista! Os outros motoristas que se danassem.
Próximo a esta avenida, na Rua Wesley Cesar Vanzo, onde um super edifício está sendo erguido de frente para o Igapó III, tivemos dois dias antes o ditatorial fechamento da rua durante um período de mais de oito horas, quando um imenso guindaste entrou em operação. O horário para obras, conforme regulamentado pela Prefeitura, cessa às 20:00 h, mas a construtora insistiu em levar adiante a barulheira, o trabalho do guincho e o fechamento da rua até perto das 21:00 h.
É comum trafegarem caminhões basculantes largando terra pelas ruas; caminhões de fornecedores com motores desregulados e barulhentos; empilhadeiras e tratores de grande porte trafegam e operam pelas ruas de um lado para outro, apesar da lei determinar que devam ser removidos sobre caminhões. Betoneiras largam restos de concreto pelas avenidas. Nas chuvas, desce uma lama espessa em direção às águas do Lago Igapó II.
O telefone da SEMA, órgão responsável pela regulamentação das construções não atende à noite; o número de telefone celular do chamado “plantão noturno” obtido a duras penas, tampouco atendeu nossa ligação.
Então, fica aqui desde já um apelo ao novo prefeito Alexandre Kireeff que toma posse no dia 1º de janeiro: faça as construtoras se enquadrarem na lei. Nosso blog lança este alerta: passaremos a denunciar estas e outras irregularidades através do blog “Visual de Londrina”, o blog que motivou a prefeitura a implantar a Lei Cidade Limpa para acabar com a população visual na cidade de Londrina. A força do blog e o sucesso da iniciativa ficaram evidentes. Vamos repetir a dose para denunciar os abusos!
É bom que as construtoras não subestimem o poder de fogo da rede virtual!

1.11.12

Equipamento de utilidade pública

Londrina é uma cidade muito pobre em equipamentos de utilidade pública. Faltam relógios nas ruas, faltam bancas de jornais (as raras que existiam no Centro foram ceifadas pelo projeto Cidade Limpa), faltam indicadores de temperatura - nesta última semana a temperatura chegou próxima dos 40 graus centígrados.
Outras cidades souberam aliar serviços prestados aos cidadãos com publicidade exterior - sem que isso represente obrigatoriamente poluição visual.
Aqui de Florianópolis, Santa Catarina, chega-nos este totem, que mostra a quantidade de raios UV (ultra-violeta) naquele determinado momento, junto com a tabela dos riscos inerentes aos valores mais altos, além de indicar a temperatura ambiente. E tudo patrocinado: o anunciante, discreto, provavelmente paga as despesas do equipamento.
A Prefeitura não tem grandes despesas, oferece um serviço ao cidadão - que pode evitar queimaduras na pele - e não há nem sombra de poluição visual.