2.12.07
Responsabilidade Ambiental. Quem liga pra isso?
A cada dia, somos agredidos em nossa qualidade de vida por pseudo-criadores publicitários, os quais, disputando gananciosamente um prêmio anual concedido para as melhores peças publicitárias da cidade, inventam formas e montagens absolutamente esdrúxulas na comunicação exterior, imaginando que cativarão os receptores de tais mensagens.
Os londrinenses, por sua vez, talvez nem saibam o que lhes aflige. Um psicólogo descobriria rapidamente o problema. Ao invés de olharmos para o verde, para o infinito espacial, para a beleza do céu azul, para a arquitetura das casas e edifícios, estamos dando de cara com outdoors de todos os tamanhos e formas, aglomerados uns sobre os outros ou alinhados como uma interminável composição de trem. Nem todos criativos ou com estilo, prejudicando totalmente a paisagem. Como resultado, a sensação de sufocação e a visão do feio podem causar até depressão.
Não é suficiente que as empresas “digam” que se preocupam com o meio ambiente. É necessário que as empresas ajam de acordo.
Poderíamos listar nominalmente todas aquelas que nos desrespeitam. Dentre elas, hiper e supermercados, escolas, construtoras, lojas de varejo, restaurantes, bares e tantos outros empreendimentos.
As escolas londrinenses, que deveriam dar o exemplo para seus alunos e para a comunidade, são as que mais agridem o meio ambiente, principalmente na época de novas matrículas. Uma vergonha!
Por fim, um recado às empresas de outdoor e aos publicitários: está mais do que na hora de reverem seus conceitos sobre responsabilidade social e ambiental. O todo é muito mais importante do que a parte.
1.12.07
Concorrendo ao pior outdoor do ano!
Por onde andam os redatores de Londrina?
30.10.07
Até Fortaleza aplica multas por poluição visual
Notícia do Portal G1 da Globo informa que a justiça de Fortaleza vai multar em R$100,00/dia as cartomantes que não retirarem a propaganda que colaram nos postes da cidade, provocando poluição visual.
Elas já haviam sido chamadas no Ministério Público no ano passado e prometeram não mais sujar a cidade. Não foi o que aconteceu. A Prefeitura entrou com uma ação na justiça e só o processo contra uma delas cobra mais de R$ 1 mil pela restauração de 43 postes.
Além disso, um promotor pretende denunciá-las por crime ambiental, o que complicaria ainda mais a vida das “sujadoras de postes”.
Isso poderia servir de exemplo para Londrina. Além de “sujadores de postes”, há incontáveis irregularidades na publicidade exterior da cidade que temos apontado neste blog.
(Foto: Portal G1 Globo)
27.10.07
Ménage à trois
Recomeça a caça aos alunos
Exemplos de escolas "caçando" alunos para 2008. Cada uma dela inventou um slogan. Será que você fica em dúvida sobre a escola que oferece "n" motivos para ser escolhida? Ou prefere a afirmação de que os alunos de hoje serão os campeões de amanhã? Ou da nova escola com novo sistema de ensino?
Para coroar, aí vai um tri-outdoor (ocupando três painéis simultaneamente) que também se diz "universidade campeã". Será que Londrina é mesmo campeã nos estudos?
18.10.07
Painel gigante. E a vizinhança?
16.10.07
Centro de Londrina
15.10.07
Poluição visual: Curitiba X Londrina
Observei como anda a poluição visual causada pela publicidade exterior na cidade, cujo prefeito Beto Richa baixou na semana passada um decreto para acabar com os abusos.
Lá, trafeguei por vários bairros, para chegar à conclusão de que a poluição de Londrina está muito acima dos níveis da poluição em Curitiba.
Prova de que Londrina precisa urgentemente de nova regulamentação.
Se o prefeito Nedson for coerente, deveria seguir o exemplo de Curitiba.
Pois em Londrina a publicidade exterior já chega a agredir nossos olhos.
9.10.07
Exemplo a ser seguido
A nova legislação é resultado de ampla discussão com empresas e profissionais do setor. "Queremos melhorar ainda mais a paisagem urbana e manter a qualidade da comunicação publicitária nas áreas públicas", afirmou Richa.
As mudanças limitam o número de painéis por terreno. A nova legislação exige, pelo menos, 12 metros de fachada horizontal por painel e distância mínima de 10 metros entre eles. Nos casos dos outdoors, deverão ter suporte e moldura de metal, para mais segurança. As molduras deverão ser pintadas em cinza e as publicidades devem ser niveladas e alinhadas. Os letreiros (placas de lojas) deverão ocupar, no máximo, 20% da fachada da edificação. Fica dispensada a licença para instalação de letreiros com até 10 metros quadrados.
Os grandes painéis tipo empena (nas fachadas "cegas" de prédios) só poderão ser instalados em edifícios corporativos (70% ocupados pela mesma empresa ou instituição). Só são permitidas mensagens institucionais.
Desde 2005, técnicos da Prefeitura vêm discutindo a nova legislação com profissionais e empresas de mídia externa e do mercado imobiliário."A forma que encontramos para chegar ao consenso foi trabalhar em parceria com empresas e profissionais do setor", explicou o secretário municipal de Urbanismo, Luiz Fernando Jamur.
As empresas terão 120 dias para se adequar às exigências da regulamentação.
A Prefeitura estima a existência de cerca de três mil painéis de publicidade na cidade, a maioria está fora dos padrões. Na primeira etapa dos trabalhos, equipes da Secretaria Municipal de Urbanismo foram às ruas para fiscalizar a publicidade em áreas públicas e anúncios do tipo outdoor, frontlights e totens.
Desde 2005, vêm sendo retirados mais de 2.000 quilos, por semana, de faixas e banners irregulares. Foram também recolhidos cerca de 600 painéis irregulares.No ano passado, foram recolhidos 16.221 unidades irregulares de anúncios das ruas e, em média, foram feitas 1.350 apreensões por mês de publicidade irregular em cavaletes, faixas, banners, pinturas e postes.
São Paulo já regulamentou. Curitiba já está agindo. E nós, aqui em Londrina, como ficamos?
8.10.07
Nota zero no Zerão!
Como é que a Prefeitura permite estas aberrações?
7.10.07
4.10.07
Ponto de Vista do Autor
Fiquei surpreso com o alcance da poluição visual, provocada tanto por outdoors, quanto por placas, totens, painéis, luminosos, cartazes, etc., utilizados na comunicação exterior.
Na apresentação do blog, sugeri a colaboração das produtoras dos outdoors, das agências de propaganda(1) e da própria Prefeitura de Londrina, no sentido de juntas, reavaliarem seus trabalhos para impedir que a poluição visual invada a cidade.
Estou inserindo sistematicamente fotos mostrando que não há critérios estéticos para a exibição de outdoors e publicidade exterior. Cada foto mereceu comentários e observações quanto aos seus benefícios e/ou prejuízos.
Reproduzi extratos do Código de Postura do Município e do minucioso trabalho “A Questão da Ética no Meio Ambiente Urbano” (2).
Incluí os resultados da pesquisa Datafolha realizada em São Paulo destinada a saber o que os paulistanos acharam da nova lei dos outdoors.
Inseri também matéria de jornal que mostra a mobilização de várias capitais para, seguindo o exemplo do prefeito de São Paulo, reduzirem a poluição visual causada pela publicidade exterior em suas cidades.
Tenho recebido vários comentários a respeito das matérias e, corroborando a minha opinião, todos, sem exceção, foram bastante favoráveis.
O Jornal de Londrina publicou carta da leitora Zulmira Amélia Roxo, com o título “Queremos o meio ambiente inteiro!”, denunciando também o excesso de poluição visual. A carta está reproduzida neste blog. O Jornal de Londrina, em adendo à carta de Da. Zulmira, publicou carta minha, com o título “Poluição Visual em Londrina”, em 01/10/07.
Apesar de ter encaminhado por várias vezes e-mails ao Prefeito e a vários órgãos e Secretários da Prefeitura, não obtive nenhuma resposta. Aparentemente, não há interesse dos gestores do meio ambiente em corrigir a situação.
Em contrapartida, um leitor do blog, que se identifica como Carlos, está disposto a levar o assunto aos vereadores. E mais: ele é proprietário de uma empresa de outdoors e discorda dos colegas que estão inundando a cidade com centenas e centenas de painéis.
Por si só, o blog não resolverá a questão. Assim, estou publicando meu e-mail para contato, afim de que os leitores e leitoras interessados possam trocar idéias comigo, sem a necessidade de publicar seus comentários no blog.
Juntando forças, certamente conseguiremos reverter a situação.
Julio Ernesto Bahr, Publicitário.
script@sercomtel.com.br
1 - Fui associado à APP (Associação dos Profissionais de Propganda de Londrina) e conheço grande parte do pessoal das agências de propaganda locais.
2 – Trabalho realizado pelo Prof. Dr. Issao Minami, Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e pelo Bacharel Dr. João Lopes Guimarães Júnior, Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo
Mais e mais poluição
Enfeiando a paisagem urbana
Qualquer espaço é aproveitado
30.9.07
Capitais sofrem "efeito Cidade Limpa"
Os impactos da Lei Cidade Limpa, em São Paulo, não afetaram apenas o setor de mídia exterior da maior cidade da América Latina. Desde a sua aprovação pela Câmara Municipal, há um ano, os investimentos no segmento por parte dos anunciantes sofreram redução significativa em todo o País. Se não bastasse esse prejuízo, diversas capitais brasileiras iniciaram neste ano um processo de revisão das normas referentes à publicidade externa com uma só finalidade: reduzir o número de outdoors, painéis e faixas das ruas.
Sem contar as especificidades da iniciativa adotada em cada local, cidades como Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Goiânia, Vitória, Curitiba e, principalmente, Rio de Janeiro têm projetos que visam limitar os espaços legais de exibição da mídia exterior. No caso da capital fluminense, o intuito é ainda mais forte. Há duas semanas foi apresentado um projeto de lei na Câmara Municipal carioca cuja finalidade é extinguir anúncios publicitários da paisagem da mesma forma como ocorreu na capital paulista. O autor da proposta é o vereador Paulo Cerri, líder do governo no Poder Legislativo e do mesmo partido do prefeito paulistano Gilberto Kassab, o Democratas (DEM). Outra semelhança é que, tanto no caso de São Paulo quanto no Rio de Janeiro, em nenhum momento os setores atingidos foram consultados para a elaboração do documento. Já em Brasília, uma nova regulamentação aprovada há dois meses aponta para a retirada de todos os anúncios existentes no centro da capital federal (área tombada) até 2009.
"O que ocorreu em São Paulo não existe e somos contra os locais que optarem por esta posição.
Mas o que tem ocorrido na maioria das cidades é um movimento de regularização do setor, não de proibição. Onde houver discussão envolvendo os dois lados, sem radicalismos, nós vemos com bons olhos", afirma Antônio Carlos Aquino de Oliveira, presidente da Federação Nacional das Empresas de Publicidade Exterior (Fenapex), ao comentar a realização de palestras pelo Brasil para mostrar a situação de Salvador, cidade que é exemplo em organização de mídia exterior.
Seja através da elaboração de um novo decreto de lei ou por iniciativas próprias, as outras cinco capitais brasileiras consultadas pela reportagem também iniciaram projetos de redução das peças publicitárias em suas ruas. Influenciadas pela aprovação da Lei Cidade Limpa, as ações mostram que a desorganização do meio não era um problema apenas da capital paulista. A diferença é que em todas elas - Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Curitiba e Vitória -, a iniciativa foi tomada em conjunto entre órgãos municipais e entidades de mídia exterior para que as mudanças beneficiem ambas as partes. Para se precaver ante a possibilidade de que uma legislação igual à de São Paulo atinja o setor local, essas cidades pretendem reduzir em média 30% o número de peças existentes em suas paisagens urbanas. "O caso da capital paulista teve impacto muito forte. E foi um recado para os empresários de outros locais se organizarem", admite Romerson Faco, presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de Curitiba (Sepex/PR).
A reorganização do segmento pelas entidades também é uma forma de mostrar ao mercado que o meio é uma boa opção de mídia para as estratégias das empresas, mesmo com a exclusão ocorrida na capital paulista. "A Lei Cidade Limpa virou um exemplo, pois os grandes anunciantes estão em São Paulo. Há uma preocupação em todo o setor com a possibilidade de essa situação se agravar ainda mais", comenta Raimundo Liberato, presidente do Sepex/DF.
Para se ter uma idéia do comprometimento do setor na ordenação dos anúncios de rua, o Grupo de Empresas Exibidoras de Mídia Exterior (Grumex) de Porto Alegre investirá cerca de R$ 2,8 milhões em ações que abrangem a melhoria de espaços públicos da capital gaúcha, campanhas de educação ambiental e no aprimoramento da equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) local para reforçar os trabalhos de fiscalização. "A Lei Cidade Limpa foi um exemplo para nós. Nas reuniões, ambos os lados cederam em alguns pontos para que essa iniciativa chegasse a um denominador comum", explica Edmilson Quirino, empresário representante do Grumex.
28.9.07
Colher de chá
Queremos o meio ambiente inteiro!
I. pela sua natureza, provoque aglomeração prejudicial ao trânsito público;
II. de alguma forma prejudique os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas naturais, monumentos típicos, históricos e tradicionais e, ainda, em frente a praças, parques e jardins públicos.
E quantos destes painéis têm a logomarca da administração municipal. A lei? Ora a lei! E os logradouros públicos que chegam a tirar árvores para pôr outdoors.
Proponho que façamos uma leitura da nossa cidade (adotada por mim – paulistana) e imagine como ficaria sem essa poluição visual toda... São Paulo está menos estressada desde que deixou de lado os outdoors.
no Jornal de Londrina em 27/09/2007
27.9.07
Padrão Londrina. Nota Zero!
Difícil será contar o número de esquinas similares a essa, que existem em Londrina.
O saco de lixo azul, um intruso na foto, combina muito bem com o visual. Ou não?
Quando é que os londrinenses vão se dar conta de que está na hora de regulamentar a propaganda exterior?
Nova mania?
26.9.07
São Paulo: 63% aprovam o programa Cidade Limpa
25.9.07
A Questão da Ética no Meio Ambiente Urbano
Prof. Dr. Issao Minami,Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
Bacharel Dr. João Lopes Guimarães Júnior, Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo
A importância da paisagem
Pode-se falar, assim, numa função estética que as coisas em geral devem possuir a fim de criar uma sensação visualmente agradável às pessoas. Isso vale também para as paisagens que cercam nosso dia-a-dia, sobretudo nas cidades.
Os elementos que compõem o cenário urbano devem estar ordenados de forma harmônica, que possa ser apreciada. A função estética da paisagem urbana deve ser levada em conta pela Administração em toda e qualquer intervenção urbanística e sua proteção e garantia devem ser disciplinadas em lei.
Competência legislativa concorrente
Da legislação federal dois preceitos merecem destaque. Tratam-se de dispositivos de direito material e eficácia jurídica plena que impõem, diretamente, a proibição de abusos e a necessidade de reparação de danos.
O primeiro deles vem do Código de Defesa do Consumidor, que em seu art. 37 diz:
"Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§2° É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança."
A tutela do paisagismo, no entanto, implica na necessária limitação à inserção de cartazes na cidade. Poucos cartazes e de pequenas dimensões: não parece ser possível outra fórmula. Se a proliferação de cartazes é inimiga da estética urbana, a restrição à sua colocação deve ser preocupação prioritária de uma lei que pretenda impedir a poluição visual. Ou será que os munícipes não são nada além de "consumidores", que devem ser atingidos na condição de "público alvo"?
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./urbano/index.html&conteudo=./urbano/poluicaovisual.html
17.9.07
Extratos do Código de Postura do Município de Londrina
DA PUBLICIDADE EM GERAL
Art. 186. A exploração dos meios de publicidade no Estádio do Café, nas vias e nos logradouros públicos, bem como nos acessos comuns, ou colocados em terrenos ou próprios de privado (sic), mas visíveis dos lugares públicos, depende de licença da Prefeitura, sujeitando-se o contribuinte ao pagamento da taxa respectiva.
§ 1º. Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo os cartazes, letreiros, propaganda, boletins, panfletos, quadros, painéis, emblemas, placas, avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por qualquer modo, processo ou engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em muros, paredes, tapumes e veículos.
§ 2º. A taxa de publicidade de que trata este capítulo será cobrado (sic) por metro quadrado, além da taxa de ocupação de solo, em se tratando de áreas públicas.
Art. 188. Não será permitida a publicidade quando:
II. de alguma forma prejudique os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas naturais, monumentos típicos, históricos e tradicionais e, ainda, em frente a praças, parques e jardins públicos;
VI. pelo seu número ou má distribuição, prejudique os aspectos das fachadas, ou visibilidade dos prédios (sic);
Parágrafo único. Não será permitida a colocação ou inscrição de anúncios ou cartazes:
II. quando pintados ou colocados diretamente sobre os muros, fachadas, grades, monumentos, postes e nos parques e jardins públicos;
Art. 199. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa correspondente ao valor de uma a trinta vezes a Unidade Fiscal de Londrina - UFL.
Estes são apenas alguns extratos do Código de Postura do Município. Conclui-se que:
- ou o código está sendo mal interpretado;
- ou o código não está sendo obedecido;
- ou a Prefeitura está fazendo vista grossa;
- ou o código precisa ser aprimorado.
15.9.07
Quem não conhece este local?
A confusão está formada
14.9.07
A função dos outdoors
Para a instalação de painéis em auto-estradas, havia um regulamento do DER estabelecendo distâncias mínimas do eixo da rodovia, para não desviar a atenção dos motoristas. Era muito difícil encontrar locais apropriados e os custos para a instalação eram bastante caros (menos oferta, maior custo). Aos poucos houve certa liberalização das autoridades (ou abuso dos anunciantes) e começaram a surgir painéis, placas e outros artifícios para indicar um posto de serviço, um restaurante, uma borracharia, um ponto de vendas de frutas... o acatamento à distância mínima foi sendo deixado de lado e as regras para outdoors nas estradas começaram a ser rompidas.
Nas cidades, cada qual com postura municipal própria, a proliferação de outdoors deu-se rapidamente. Poucos municípios implantaram uma regulamentação para publicidade exterior e de outdoors. Por isso, as cidades começaram a ficar mais feias, tanto nas ruas comerciais, como nas vias mais movimentadas e nos seus entornos.
Londrina é um exemplo flagrante da falta de regulamentação da publicidade exterior. Existe um Código de Postura Municipal, mas este não estabelece limites nos tamanhos e na colocação. Tudo é muito confuso, a invasão de outdoors em Londrina parece um tsuname invadindo as ruas e avenidas, multiplicando-se geometricamente como coelhos. Ao mesmo tempo, das então mensagens curtas - a arma dos outdoors - aqui em Londrina são produzidos verdadeiros anúncios de jornal, romanceados, com longos e ininteligíveis textos. Nenhum motorista consegue ler a mensagem ao passar dirigindo seu carro.
Assim, a beleza da cidade vai sendo escondida atrás de outdoors, cartazes, luminosos, banners, totens, faixas, armações placas e outras estruturas, tudo sem quaisquer regras, medidas, distâncias, estética, nem análise das conseqüências.
Está mais do que na hora de se repensar as regras da comunicação exterior em Londrina. Impedir a poluição visual é um dever de cidadania!
8.9.07
O recado está muito bem dado
Ah! aqui você também pode mandar dar um banho de ofurô no seu amigo cão.
Confusão visual
7.9.07
Sopa de letrinhas no Barraco da Sopa
Um feio visual na Rua João Wyclif
4.9.07
Um quase-padrão
Procurando com calma, você acha
Aqui está um velho "reclame"
2.9.07
Você sabe onde ficam estes painéis?
Oooppps!
Nobre Av. Higienópolis
28.8.07
São Paulo sem outdoors
A falta de regulamentação da Comunicação Visual Exterior em São Paulo provocou tal poluição visual na cidade, que a maioria dos paulistanos passou a se sentir incomodada.
Por isso, o atual prefeito apresentou à Câmara dos Vereadores o Projeto de Lei No. 379/06 (em 2006) que propunha a “ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana da cidade”.
O projeto foi aprovado e colocado em ação neste ano de 2007. Foi dado um prazo para que toda comunicação irregular fosse retirada, sob pena de as empresas sofrerem pesadas multas, acrescidas a cada novo dia de exibição irregular.
O resultado mostra uma nova cidade, muito mais bonita, com suas áreas verdes em destaque, as ruas mais limpas, a arquitetura dos velhos casarões antes cobertos por painéis, cartazes, outdoors e placas, sendo reveladas e surpreendendo as pessoas.
A normatização da Comunicação Visual em São Paulo obriga as agências de propaganda e seus fornecedores a cumprirem as determinações da Prefeitura, exercitando sua criatividade e buscando através de nova estética visual a eficiência na comunicação.
Londrina está caminhando a passos largos na direção errada. Se a Prefeitura não agir rapidamente, a cidade estará sofrendo os mesmos impactos negativos da poluição visual de que São Paulo acaba de se livrar.
Ruim para a cidade, ruim para a população.
Que "tortura"
Veja bem esta esquina na Av. Madre Leônia: além de poluída visualmente, nota-se que os elementos visuais não combinam entre si, pois estão tortos. O painel da esquerda sobe, o do meio desce e o terceiro desce mais ainda. Os edifícios do segundo plano servem de "esquadro" para indicar as inclinações. Além disso, o muro caminha para outra direção. A isso chama-se falta de senso estético e integração entre as partes. Mas parece que em Londrina tudo vale se for pelo "bem" da comunicação.
27.8.07
Sopa de letrinhas
Por esta ampliação, o leitor compreenderá melhor porque há outdoors que podem ser considerados como "sopa de letrinhas".
Coincidência ou cópia?
Quatro andares de outdoors e poluição
25.8.07
Solução padrão
O problema é que, à medida que a cidade cresce e novas ruas e avenidas são abertas, imediatamente ocorre a ocupação. É o que está acontecendo, por exemplo, na Granja Palhano.
Assim, em breve Londrina ganhará o título de "a campeã nacional de exibição de outdoors".
Desordenadamente.
Festival de Vale Tudo 1
Arquitetura + Paisagismo + Comunicação = 10
São apenas dois os pontos de referência da empresa: o logotipo na caixa d'água e um painel de concreto com aplicação do logotipo mais o nome. Some-se ao conjunto o paisagismo bem cuidado. E basta.
Por esta imagem se vê que não é necessário entulhar a comunicação visual com mais placas, cartazes, cartazetes, luminosos, banners, etc., etc.
Só os fios elétricos destoam na imagem - mas exigir que as fiações elétricas e telefônicas em Londrina sejam subterrâneas, já seria pedir demais.
23.8.07
Deu no blog do Rigon (Maringá, PR)
Cuidando do visual da cidade
Um blog está apontando a poluição visual provocada pelos outdoors e painéis em Londrina. A idéia é excelente e poderia ser copiada por algum maringaense preocupado com o visual da cidade.O blog Visual de Londrina, explica o publicitário Julio Bahr, pretende mostrar onde são necessárias correções, esperando que as próprias empresas de outdoor, as agências de propaganda, a prefeitura e todas as pessoas que possuam senso crítico impeçam Londrina de se transformar numa nova São Paulo, cidade que de tão poluída obrigou o prefeito a tomar medidas duras e mudar radicalmente a lei da comunicação visual. Um amigo meu queria fazer algo semelhante - um blog Visual de Maringá -, mas depois desistiu pois teria muito serviço, em Maringá a coisa desandou. Mas, quem sabe agora, ele se entusiasme?
Conheça o ótimo Blog do Rigon (do Ângelo Rigon) que traz tudo que é notícia sobre a vizinha Maringá: http://angelorigon.blogspot.com/
21.8.07
Entropia visual
O ruim da história é a pichação do muro, que talvez nem tenha sido feita pelo autor da faixa.
Mais uma visão bastante feia de Londrina.