25.6.09

Reportagem na RPC

11.6.09

A Prefeitura não precisa de aprovação da Câmara

Muito estranha a notícia publicada hoje no Jornal de Londrina, na qual o prefeito Barbosa Neto vai enviar seu projeto de "Despoluição Visual" para aprovação na Câmara dos Vereadores.
Juridicamente, o Código de Postura do Município mostra ser única e exclusivamente responsabilidade do Executivo a Publicidade em Geral na cidade.

Veja este CAPÍTULO IX DA PUBLICIDADE EM GERAL Art. 186:

A exploração dos meios de publicidade no Estádio do Café, nas vias e nos logradouros públicos, bem como nos acessos comuns, ou colocados em terrenos ou próprios de privado (sic), mas visíveis dos lugares públicos, depende de licença da Prefeitura, sujeitando-se o contribuinte ao pagamento da taxa respectiva.

§ 1º. Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo os cartazes, letreiros, propaganda, boletins, panfletos, quadros, painéis, emblemas, placas, avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por qualquer modo, processo ou engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em muros, paredes, tapumes e veículos.

Em outras palavras: toda publicidade exterior (outdoors, front-lights, faixas, pinturas, etc.) depende de licença da Prefeitura. Basta a Prefeitura cassar as licenças e o problema estará resolvido. Há seis meses pela frente para que a cidade acorde absolutamente limpa!

7.6.09

Editorial do Jornal de Londrina, 07/junho

Bom Dia
Cidade Limpa


Há pouco mais de um ano, em 9 de março de 2008, o JL publicou reportagem revelando que a falta de legislação específica agravara a poluição visual de Londrina. Profissionais do setor estimavam na cidade cerca de 600 outdoors (tamanho 9x6 metros) e 60 front-lights – painéis luminosos. “Vista do alto, a cidade é linda (...) Mas, ao caminhar pelo centro, mal se vê o céu. Há um excesso de painéis, como se fossem vagões de um trem, que escondem a vegetação e a arquitetura”, lamentou à época o publicitário Júlio Bahr.


Por isso, o anúncio do programa Cidade Limpa pelo prefeito Barbosa Neto (PDT), na última semana, traz a expectativa de que o problema finalmente será enfrentado de forma corajosa – como, aliás, ocorreu em São Paulo, uma megalópole com mais de 10 milhões de habitantes. Lá, a resistência foi colossal, o que não inibiu a disposição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em implantar o programa. O resultado todos conhecem: mudou para melhor a cara de São Paulo.


Obviamente, profissionais do setor, como a Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), deverão ser ouvidos, para que a dose do remédio seja adequada às necessidades de Londrina. E menos impacto econômico ocorra. Abrir o diálogo com a sociedade, no entanto, não reduz o acerto da decisão política. Afinal, problemas existem para serem atacados; e a fieira de desculpas dos últimos anos já esgotou a paciência dos londrinenses.

5.6.09

Nosso "Visual de Londrina" acertou na mosca!

Uma excelente notícia para a maioria dos londrinenses: o prefeito Barbosa Neto, segundo afirmou ontem, dia 04/06, está propondo para Londrina uma lei inspirada na "Cidade Limpa" de São Paulo.
Deverão ser eliminados todos os outdoors e pinturas das ruas, proibidas faixas, luminosos, tótens e outras formas de poluição visual, além de regulamentadas as formas de comunicações exteriores na frente de lojas e empresas.
Essa decisão veio exatamente de encontro à nossa pregação de tanto tempo neste blog e prova que absolutamente tudo que aqui foi escrito, desenvolvido, exposto e criticado, estava retratando a realidade da cidade e o sentimento da maioria da população.
Segundo o prefeito, a nova lei a ser publicada deverá ser cumprida a partir de 2010.

A posição da APP e das empresas de outdoors

Curiosamente, a APP, através da sua presidente Cláudia Romariz, à qual muito respeito, imediatamente divulgou sua discordância quanto à nova lei, pois esta provocaria o desemprego de cerca de 200 funcionários do setor.
É estranha a posição da APP, que desde as diretorias anteriores jamais externou sua opinião neste blog, que sempre esteve aberto a comentários, críticas e opiniões. Em outras palavras, a APP sempre fechou os olhos à poluição visual da cidade de Londrina, colocando o interesse das três ou quatro principais empresas de oudoor aqui existentes - e seus 200 funcionários - acima do sentimento de repúdio da população, que através deste blog, dos jornais, da televisão e do rádio, já vinha criticando os excessos provocados pela falta de sensibilidade dos proprietários daquelas empresas, bem como a participação dos anunciantes, colaborando para agredir o meio ambiente.
A APP deveria se informar em São Paulo como foi resolvida a situação de milhares (e não apenas de 200) funcionários que trabalhavam no setor.
A criatividade, a busca de inovações, novas formas de comunicações e inteligência foram os fatores que possibilitarem a continuidade do funcionamento de várias empresas de outdoor de lá, com o aproveitamento de grande parte dos funcionários.
A APP, ciente do problema, deveria ter exposta sua preocupação antes da declaração do prefeito, o que teria evitado esse "pseudo-susto" à decisão do prefeito.
Parabéns ao Barbosa Neto!

Uma sugestão aos anunciantes

Se os anunciantes acreditam que os outdoors são sua única técnica de comunicação, tentem implantar técnicas de decorações de vitrines, anúncios de jornais, comerciais de tevê, parcerias em eventos, patrocínios, assessoria de imprensa, internet, enfim, toda a gama de ferramentas e possibilidades mais amplas de divulgação. De preferência, sem poluir o meio ambiente. Consultem Profissionais com " P" maiúsculo!
JEB